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O CELIBATO OBRIGATÓRIO DOS SACERDOTES

 

O celibato obrigatório dos sacerdotes não é bíblico:


“Celibato e Novo Testamento
5. Pode dizer-se que, nunca como hoje, o tema do celibato eclesiástico foi com tanta agudeza examinado, sob todos os aspectos - no plano doutrinal, histórico, sociológico, psicológico e pastoral - e muitas vezes com intenções fundamentalmente retas, se bem que as palavras, de quando em quando, as tenham traído.
Consideremos honestamente as principais objeções contra a lei do celibato eclesiástico unido ao sacerdócio. A primeira provém, ao que parece, da fonte mais autorizada, o Novo Testamento, no qual se conserva a doutrina de Cristo e dos Apóstolos. O Novo Testamento não exige o celibato dos ministros sagrados, mas propõe-no simplesmente como obediência livre a uma vocação especial ou a um carisma particular (cf. Mt 19, 11-12). Jesus não impôs esta condição ao escolher os Doze, como também os Apóstolos não a impuseram àqueles que iam colocando à frente das primeiras comunidades cristãs (cf.1 Tm 3, 2-5; Tt 1, 5-6). (...)”
(Papa Paulo VI – Carta Encíclica Sacerdotalis Celibatus, 1967).
https://www.vatican.va/content/paul-vi/pt/encyclicals/documents/hf_p-vi_enc_24061967_sacerdotalis.html


Não era praticado na igreja primitiva:

“16. (…) De si, [a vida celibatária] não é exigida pela própria natureza do sacerdócio, como se deixa ver pela prática da Igreja primitiva e pela tradição das Igrejas orientais, onde, além daqueles que, com todos os Bispos, escolhem, pelo dom da graça, a observância do celibato, existem meritíssimos presbíteros casados. Recomendando o celibato eclesiástico, este sagrado Concílio de forma nenhuma deseja mudar a disciplina contrária, legitimamente vigente nas Igrejas orientais, e exorta amorosamente a todos os que receberam o presbiterado já no matrimônio, a que, perseverando na sua santa vocação, continuem a dispensar generosa e plenamente a sua vida pelo rebanho que lhes foi confiado. (…) Por todas estas razões, fundadas no mistério de Cristo e na sua missão, o celibato, que a princípio era apenas recomendado aos sacerdotes, depois foi imposto por lei na Igreja latina a todos aqueles que deviam ser promovidos às Ordens sacras.”

https://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_decree_19651207_presbyterorum-ordinis_po.html



Além disso, para o Vaticano, o celibato não é dogma de fé e pode ser discutido e modificado:


"[O celibato sacerdotal] não é um dogma da Igreja e pode ser discutido porque é uma tradição eclesiástica", escreveu Parolin em artigo na imprensa Venezuelana como publicou o jornal italiano Correire della Sera. Parolin defende os valores daquela tradição que "remonta aos primeiros séculos, mas é um grande desafio para o Papa já que ele possui o mistério da unidade e todas estas decisões devem ser assumidas para unir a Igreja, não para dividi-la".

https://www.catolicismoromano.com.br/futuro-secretario-de-estado-do-vaticano-diz-que-o-celibato-nao-e-um-dogma-da-igreja/


O próprio Papa Francisco admitiu isso:


"O celibato não é um dogma de fé, é uma regra de vida, que aprecio muito e creio que é uma oferta à Igreja"

https://sol.sapo.pt/artigo/106551/papa-admite-que-o-celibato-nao-e-um-dogma-na-igreja-catolica

 

"O Papa Francisco disse que o celibato dos padres é uma medida temporária e que pode ser revista.

Em uma entrevista a um site de notícias da Argentina, Francisco lembrou que, mesmo dentro da Igreja Católica, os sacerdotes das igrejas que seguem o rito oriental podem se casar e que o celibato na igreja ocidental é apenas uma receita temporária.

A ordenação, essa sim, é para sempre, mesmo que o padre mais tarde deixe a igreja. Por isso, segundo Francisco, não há contradição no casamento de sacerdotes."

https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/03/11/papa-francisco-diz-que-celibato-dos-padres-e-uma-medida-temporaria-e-que-pode-ser-revista.ghtml

 

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