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INDULGÊNCIAS EM FAVOR DOS MORTOS

 

A Igreja (o papa) pode perdoar pecados de mortos?

A própria Igreja responde:

“Por isso, já que, com permissão do Senhor, nos são dadas possibilidades humanas, oferecemos àquele que os deseja os remédios da salvação, abandonando ao juízo divino tudo o que supera a pequena medida das nossas faculdades; contudo, não nos poderão culpar de perdoar aos vivos o dano da prevaricação – o que à Igreja é possível se Deus o concede – aqueles que pedem que concedamos perdão até aos mortos, o que claramente a nós é impossível. De fato, tendo dito “o que tiveres ligado sobre a terra”, conseqüentemente reservou não ao humano , mas ao seu juízo aqueles que constam não estar mais sobre a terra, e a Igreja não ousa atribuir a si o que vê não ter sido concedido aos próprios bem-aventurados Apóstolos; já que uma coisa é a causa dos sobreviventes, outra a dos defuntos.” 

(Sínodo de Roma, 495 d. C. - Cf. Denzinger*, 348)

*livro Compêndio dos símbolos, definições e declarações de fé e moral, do padre e teólogo católico Heinrich Denzinger.

https://apostoladonovosmares.files.wordpress.com/2016/05/compc3aandio-dos-sc3admbolos-definic3a7c3b5es-e-declarac3a7c3b5es-de-fc3a9-e-moral.pdf


"... Visto que, com as indulgências irracionais e excessivas que alguns prelados concedem desenfreadamente, se joga o desprezo sobre o poder das chaves da Igreja e se põe a perder toda a força da satisfação penitencial, decretamos que a indulgência 'outorgada' por ocasião de uma basílica não ultrapasse um ano...; e depois, no aniversário da dedicação, a remissão concedida da penitência prescrita não supere os quarenta dias. Queremos também que este número de dias seja considerado como justa medida das cartas de indulgência algumas vezes concedidas por causas diversas, pois que o próprio Romano Pontífice, que tem a plenitude do poder, costuma ater-se a estes limites."

(Concílio de Latrão, capítulo 62. Cf. Denzinger*, 819).


* A questão das indulgências foi cara a Lutero e aos reformadores. Foi uma das razões da Reforma Protestante. Infelizmente ainda hoje há católicos que negam a venda de indulgências. Se já seria errado vender indulgências úteis, imagine vender algo inútil.

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