Por incrível que pareça, para a Igreja Católica, os santos são deuses, ou pelo menos Maria é uma deusa, embora por participação, não por natureza. Essa divinização do homem é encontrada em diversos documentos da Igreja Católica:
O Catecismo católico não esconde que Maria é uma deusa por participação, pois tudo o que acontece ou acontecerá com os santos, já aconteceu com Maria:
“O Verbo fez-Se carne, para nos tornar ‘participantes da natureza
divina’ (2 Pe 1, 4): ‘Pois foi por essa razão que o Verbo Se fez homem, e
o Filho de Deus Se fez Filho do Homem: foi para que o homem, entrando
em comunhão com o Verbo e recebendo assim a adoção divina, se tornasse
filho de Deus’. ‘Porque o Filho de Deus fez-Se homem, para nos fazer
deuses’. ‘Unigenitus [...] Dei Filias, suae divinitatis volens nos esse
participes, naturam nostram assumpsit, ut homines deos faceret factos
homo – O Filho Unigênito de Deus, querendo que fôssemos participantes da
sua divindade, assumiu a nossa natureza para que, feito homem, fizesse
os homens deuses’”
(Catecismo da Igreja Católica, 460)
https://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p1s2cap2_422-682_po.html
O papa Pio XII disse que Maria era a mais endeusada criatura, emparentada na ordem da união hipostática com a Trindade:
“E o Empíreo viu que Ela era realmente digna de receber a honra, a
glória, o império, — porque mais cheia de graça, mais santa, mais
formosa, mais endeusada, incomparavelmente mais, que os maiores Santos e
os Anjos mais sublimes, ou separados ou juntos; — porque
misteriosamente emparentada na ordem da União hipostática com toda a
Trindade beatíssima, com Aquele que só é por essência a Majestade
infinita, Rei dos reis e Senhor dos senhores, qual Filha primogénita do
Padre e Mãe estremosa do Verbo e Esposa predilecta do Espírito Santo; —
porque Mãe do Rei divino, d'Aquele a quem desde o seio materno deu o
Senhor Deus o trono de David e a realeza eterna na casa de Jacob (3) e
que de si mesmo proclamou, ter-lhe sido dado todo o poder nos céus e na
terra : (4) Ele o Filho Deus, reflecte sobre a celeste Mãe a glória, a
majestade, o império da sua realeza; — porque associada, como Mãe e
Ministra, ao Rei dos mártires na obra inefável da humana Redenção, lhe é
para sempre associada, com um poder quase imenso, na distribuição das
graças que da Redenção derivam.”
https://www.vatican.va/content/pius-xii/pt/speeches/1946/documents/hf_p-xii_spe_19460513_fatima.html
O papa Leão XIII, além de chamar Maria de "divina mãe", ainda disse que a oração que se dirige a Maria tem algo de comum com o culto que se presta a Deus:
“10. Pelo fato, pois, de estar esta milícia orante ‘alistada sob a
bandeira da divina mãe’, ela adquire uma nova força e se ilustra de nova
alegria, como sobretudo demonstra, na recitação do Rosário, a freqüente
repetição da saudação angélica depois da oração dominical. Esta
prática, longe de ser incompatível com a dignidade de Deus ― como se
insinuasse que nós devemos confiar mais em Maria Santíssima do que no
próprio Deus ― tem, ao contrário, uma particularíssima eficácia para O
comover e no-lo tornar propício. De feito, a fé católica nos ensina que
nós devemos orar não só a Deus, mas também aos Santos (Concilum
Tridentinum Sessio 25), embora de maneira diferente: a Deus, como fonte
de todos os bens; aos Santos, como intercessores.”
‘De dois modos
pode-se dirigir a alguém um pedido’, diz S. Tomás: ‘com a convicção de
que ele possa atendê-lo ou com a persuasão de que ele possa impetrar
aquilo que se pede. Do primeiro modo só oramos a Deus, porque todas as
nossas preces devem ser dirigidas à consecução da graça e da glória, que
só Deus pode dar, como é dito no Salmo 83, 12: ‘A graça e a glória dá-a
o Senhor’. Da segunda maneira apresentamos o mesmo pedido aos santos
Anjos e aos homens; não para que, por meio deles, Deus venha a conhecer
os nossos pedidos, mas para que, pela intercessão deles e pelos seus
méritos, as nossas preces sejam atendidas.
E por isto, no
capítulo VIII, 4 do Apocalipse se diz que o fumo dos aromas, pelas
orações dos Santos, subiu da mão do Anjo à presença de Deus" (S. Thomas
de Aquino, II-II q. 83, a. 4). Ora, entre todos os Santos que habitam as
mansões bem-aventuradas, quem poderá competir com a augusta Mãe de Deus
em impetrar a graça? Quem poderá com maior clareza ver no Verbo eterno
de Deus as nossas angústias e as nossas necessidades? A quem foi
concedido maior poder em comover a Deus? Quem como ela tem entranhas de
maternal piedade? É este precisamente o motivo pelo qual nós não oramos aos santos do céu do mesmo modo como oramos a Deus; ‘porquanto à SS.
Trindade pedimos que tenha piedade de nós, ao passo que a todos os
outros Santos pedimos que roguem por nós’ (S. Th., II-II q. 83, a. 4).
Em vez disto, a oração que dirigimos a Maria tem algo de comum com o culto que se presta a Deus; tanto que a Igreja a invoca com esta expressão,
que se costuma endereçar a Deus: ‘Tem piedade dos pecadores’. Portanto,
os confrades do santo Rosário fazem muito bem em entrelaçar tantas
saudações e tantas preces a Maria, como outras tantas coroas de rosas.
De feito, diante de Deus Maria é 'tão grande e vale tanto que, a quem quer graças e a ela não recorre, o seu desejo quer voar sem asas'."
* A oração dirigida a Maria tem algo de comum com o culto que se presta a Deus. E quem diz isso é um papa! Qual o culto que se presta a Deus? O culto de latria. Quando se afirma que a oração a Maria tem algo de comum com a latria é porque claramente Maria é tratada como deusa e idolatrada. De fato, se a latria é exclusiva para Deus, nada de comum pode existir entre a oração a um santo e a latria. E vejam que o papa ainda prova a veracidade de sua afirmação ao exemplificar que se invoca Maria com uma expressão que se costuma endereçar a Deus: "Tem piedade dos pecadores". A piedade dos pecadores é algo exclusivo a Deus, pois somente Ele pode perdoar pecados. E Santo Tomás de Aquino, citado pelo próprio papa linhas antes, havia dito que é à SS. Trindade que se pede que tenha piedade de nós.
Segundo o Catecismo católico, Jesus só é nosso redentor por causa da existência nele da divindade:
“É o ‘amor até ao fim’ que confere ao sacrifício de Cristo o valor de redenção e reparação, de expiação e satisfação. Ele conheceu-nos e amou-nos a todos no oferecimento da sua vida. ‘O amor de Cristo nos pressiona, ao pensarmos que um só morreu por todos e que todos, portanto, morreram’ (2 Cor 5, 14). Nenhum homem, ainda que fosse o mais santo, estava em condições de tornar sobre si os pecados de todos os homens e de se oferecer em sacrifício por todos. A existência, em Cristo, da pessoa divina do Filho, que ultrapassa e ao mesmo tempo abrange todas as pessoas humanas e o constitui cabeça de toda a humanidade, é que torna possível o seu sacrifício redentor por todos.”
(Catecismo da Igreja Católica, 616)
https://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p1s2cap2_422-682_po.html
Papa Francisco muito sabiamente disse:
“Cristo é o Mediador, a ponte que atravessamos para nos dirigirmos ao
Pai (cf. Catecismo da Igreja Católica, 2674). É o único redentor: não existem corredentores com Cristo. É o Mediador por excelência, é o
Mediador. Cada oração que elevamos a Deus é por Cristo, com Cristo e em
Cristo, e realiza-se graças à sua intercessão. O Espírito Santo alarga a
mediação de Cristo a todos os tempos e lugares: não há outro nome no
qual podemos ser salvos (cf. At 4, 12). Jesus Cristo: o único Mediador
entre Deus e os homens.”
(…)
“Jesus estendeu a maternidade de
Maria a toda a Igreja quando lhe confiou o discípulo amado, pouco antes
de morrer na cruz. A partir daquele momento, fomos todos colocados
debaixo do seu manto, como vemos em certos afrescos ou quadros
medievais. Também na primeira antífona latina, Sub tuum praesidium
confugimus, sancta Dei Genitrix: Nossa Senhora que, como Mãe a quem
Jesus nos confiou, envolve todos nós; mas, como mãe, não como deusa, não como corredentora: como Mãe. É verdade que a piedade cristã sempre lhe
atribui títulos bonitos, como um filho à mãe: quantas palavras bonitas
um filho dirige à sua mãe, a quem ama! Mas tenhamos cuidado: as belas
palavras que a Igreja e os Santos dirigem a Maria em nada diminuem a
singularidade redentora de Cristo. Ele é o único Redentor. São
expressões de amor, como de um filho à mãe, às vezes exageradas.
Contudo, como sabemos, o amor leva-nos sempre a fazer coisas exageradas,
mas com amor.”
https://www.vatican.va/content/francesco/pt/audiences/2021/documents/papa-francesco_20210324_udienza-generale.html
* Aqui o papa Francisco deixa bem claro que chamar Maria de corredentora é tratá-la como deusa.
* De fato, o próprio Deus disse: "Antes de mim nenhum deus se formou, nem haverá algum depois de mim." (Is 43.10), e "Eu sou o primeiro e o último, fora de mim não há Deus." (Is 44.6b)
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