O papa Francisco responde:
“Cristo é o Mediador, a ponte que atravessamos para nos dirigirmos ao Pai (cf. Catecismo da Igreja Católica, 2674). É o único redentor: não existem corredentores com Cristo.
É o Mediador por excelência, é o Mediador. Cada oração que elevamos a
Deus é por Cristo, com Cristo e em Cristo, e realiza-se graças à sua
intercessão. O Espírito Santo alarga a mediação de Cristo a todos os
tempos e lugares: não há outro nome no qual podemos ser salvos (cf. At
4, 12). Jesus Cristo: o único Mediador entre Deus e os homens.”
(…)
“Jesus
estendeu a maternidade de Maria a toda a Igreja quando lhe confiou o
discípulo amado, pouco antes de morrer na cruz. A partir daquele
momento, fomos todos colocados debaixo do seu manto, como vemos em
certos afrescos ou quadros medievais. Também na primeira antífona
latina, Sub tuum praesidium confugimus, sancta Dei Genitrix: Nossa
Senhora que, como Mãe a quem Jesus nos confiou, envolve todos nós; mas como mãe, não como deusa, não como corredentora: como Mãe.
É verdade que a piedade cristã sempre lhe atribui títulos bonitos, como
um filho à mãe: quantas palavras bonitas um filho dirige à sua mãe, a
quem ama! Mas TENHAMOS CUIDADO: as belas palavras que a Igreja e os
Santos dirigem a Maria em nada diminuem a singularidade redentora de
Cristo. Ele é o único Redentor. São expressões de amor, como de um filho
à mãe, às vezes exageradas. Contudo, como sabemos, o amor leva-nos
sempre a fazer coisas exageradas, mas com amor.”
https://www.vatican.va/content/francesco/pt/audiences/2021/documents/papa-francesco_20210324_udienza-generale.html
Também o Catecismo da Igreja Católica o afirma:
“É o ‘amor até ao fim’ que confere ao sacrifício de Cristo o valor de redenção e reparação, de expiação e satisfação. Ele conheceu-nos e amou-nos a todos no oferecimento da sua vida. ‘O amor de Cristo nos pressiona, ao pensarmos que um só morreu por todos e que todos, portanto, morreram’ (2 Cor 5, 14). Nenhum homem, ainda que fosse o mais santo, estava em condições de tornar sobre si os pecados de todos os homens e de se oferecer em sacrifício por todos. A existência, em Cristo, da pessoa divina do filho, que ultrapassa e ao mesmo tempo abrange todas as pessoas humanas e o constitui cabeça de toda a humanidade, é que torna possível o seu sacrifício redentor por todos."
(Catecismo da Igreja Católica, 616)
https://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p1s2cap2_422-682_po.html
E o Catecismo do Concílio de Trento:
"Força nos é confessar que só nos foi dado um único mediador na pessoa de Cristo Nosso Senhor. Só Ele nos reconciliou com o Pai Celestial, por meio do Seu Sangue. Ele entrou uma só vez no Santo dos Santos, consumou uma Redenção eterna, e não cessa de interceder por nós."
(Catecismo de Trento, parte III)
* Reconhecer Maria como corredentora é admitir que ela é divina, uma deusa, o que é blasfêmia.
E já era assim pelo menos desde o Concílio de Florença:
"Ela [a igreja católica] crê firmemente, professa e ensina que jamais alguém concebido de homem e de mulher foi libertado do domínio do demônio, senão pela fé1 no mediador entre Deus e os homens Jesus Cristo [cf. 1Tm 2,5], nosso Senhor, o qual, concebido, nascido e morto sem pecado, VENCEU SOZINHO, com a sua morte, o inimigo do gênero humano, cancelando os nossos pecados; que reabriu o acesso ao reino celeste que o primeiro homem por causa de seu pecado tinha perdido com toda a sua descendência; e cuja vinda foi prefigurada por todos os santos sacrifícios, pelos sacramentos e pelas cerimônias do Antigo Testamento."
(Concílio de Florença, Bula Cantate Domino, cf. Denzinger, 1347)
ResponderExcluirMaria não é redentora como Jesus, pois ela mesmo foi redimida por ele. Isso todo católico sabe. O único redendor e mediador por justiça e mérito é o Senhor Jesus Cristo, o Filho Único de Deus é Jesus Cristo.
O único herdeiro do Reino de Deus é também Jesus Cristo, mas o próprio cristo chamou os discípulos a serem CO-HERDEIROS de seu reino( romanos 7,19) como quer que participemos no seu reino também podemos participar das suas dores para "completar na carne o que falta à paixão de Cristo"(colossenses 1, 24).
Assim pode-se participar na redenção e ser em algum grau também corredentor com Cristo. Maria não completou na carne o que falta aos sofrimentos de Cristo o quanto completou na Alma. "Uma espada traspassará sua alma"( lucas 2,35).
Embora infinitamente inferiror à redenção operada por Cristo, dada a diferença de natureza, é infinitamente superior ao conjunto da humanidade dada a diferença de grau na participação dos sofrimentos de Cristo na carne, como também infinitamente superior quanto a natureza da participação em relação à humanidade pq foi a única que sofreu na Alma.
Respeito sua opinião, mas fico feliz que o papa Francisco tenha dito com muita clareza que Maria não é nossa corredentora. Infelizmente, tem católico querendo saber mais que o papa.
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